
O presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira de Motta, tem enfrentado crescentes críticas de aliados e opositores por sua condução das votações e articulações políticas no Congresso. Desde que assumiu o comando da Casa, Motta tem tido dificuldades para garantir maioria em pautas importantes do governo e tem sido acusado de centralizar decisões e enfraquecer a interlocução com os demais líderes partidários.
Nas últimas semanas, votações relevantes foram adiadas por falta de consenso, revelando falhas na articulação política. A base governista também tem demonstrado insatisfação com o ritmo lento das votações e a falta de diálogo prévio sobre os projetos em pauta.
Apesar de contar com o apoio do Planalto, há sinais de desgaste entre parlamentares de partidos do centro e de oposição, que veem o estilo de liderança de Motta como autoritário e pouco estratégico. Internamente, há movimentações para pressionar o presidente da Câmara a adotar uma gestão mais aberta e colaborativa.
Enquanto isso, projetos considerados prioritários pelo Executivo, como a reforma administrativa e pautas econômicas, permanecem travados no Congresso, gerando tensão entre os Poderes e prejudicando a imagem da liderança na Casa.